sábado, 6 de agosto de 2011

SÓ NOS RESTA APRENDER

Oportunidade




OK! Mais uma crise internacional instalada. Oba! Você sabe o que isso significa? Oportunidades!

É simples assim. O caos é a expressão máxima da não conformidade, e ele existe para que possamos progredir.

O ser humano busca se entender e se reconhecer através do processo de autolimitação. É isso! Somos seres ilimitados, mas entender, aceitar e experimentar uma existência sem limites requer uma consciência e maturidade evolutiva que a maioria de nós está longe de alcançar. Essa visão de si mesmo ou de uma sociedade livre e ilimitada, chega a ser tão assustadora e inconcebível que tentaram criar uma “definição” para isso. Anarquia! (Definir = Delimitar).  A Anarquia – como a definiram –, nem de longe representa o que será viver uma sociedade tão madura e autoconsciente que não necessitará mais de regras ou leis para que as pessoas vivam responsavelmente amando a si mesmas e ao próximo como a si mesmas. Mas vamos voltar às oportunidades reais que temos hoje não é!

É justamente quando estamos em crise que devemos, imediatamente, abrir mão dos velhos condicionamentos – que já não nos servem mais – e partir em busca de novos valores - que nos protejam do caos e nos reconduzam ao progresso.

A atual crise mundial pela qual estamos passando é o retrato fiel da famosa “crise de meia idade”. É o momento no qual descobrimos que tudo de bom que imaginávamos ser, fazer e ter, só foi possível porque negávamos e escondíamos de nós mesmos tudo de ruim que realmente somos, fazemos e temos. E só há uma maneira de superar essa crise definitivamente – sem paliativos ou soluções imediatistas e ilusórias. É reconhecer, entender, aceitar e mudar.

O que está ocorrendo é a revolução da globalização – que busca a integração total, unicidade, interação ativa e em tempo real, interligação consciente, acesso, correlação, inclusão, sustentabilidade, liberdade, fraternidade e igualdade de oportunidades, sem perder a individualidade –, mas existe uma força contrária e agonizante que está disposta ao extremo para manter os velhos condicionamentos, que já não nos servem mais.

 O que presenciamos durante os últimos dias, no impasse do congresso americano em relação à elevação do teto da dívida pública, o ataque na Noruega, as guerras civis da Síria, Líbia, Egito, Tunísia, Bahrein, os incontáveis anos de conflitos entre Israel e Palestina, o aumento do nacionalismo e da xenofobia na Europa, etc. Sem falar da eminente crise financeira mundial – que está sendo capitalizada por muitos para justificar o fim da zona do euro e revisão das leis de imigração e livre acesso entre os países da União Européia. Tudo isso, nada mais é do que a movimentação desesperada desta força decadente tentando, instintivamente, preservar o status quo.

Mas, aos poucos, percebemos que tudo está acontecendo porque a humanidade está entendendo que individualidade não é individualismo, que a integração é melhor que a segregação, que a sustentabilidade é mais inteligente e viável economicamente que a exploração, etc. São os novos valores que chegam junto com o progresso emergindo do caos. É ai que devemos focar nossa atenção.

Essa seria a hora do nosso país utilizar a sagacidade de sua diplomacia e assumir a liderança positiva e vanguardista junto à Organização das Nações Unidas, convocando os outros países a observarem, entenderem e aceitarem os fatos; buscarem uma solução integrada de flexibilização e expansão do comércio internacional; intercâmbio cultural entre povos e nações; redirecionamento de investimentos; substituição do Dólar como moeda de referência por um pacote de moedas e retomada do projeto mundial de integração das nações, proposto na primeira carta das Nações Unidas, lida pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha – o primeiro orador da primeira Sessão Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1947, presidida pelo Brasil.

Só que todas as nações, inclusive o Brasil, estão RE-agindo e caminhando na direção contrária, de mais protecionismo, retração de mercado e autodefesa, o que dá suporte a mais alguns anos de sobrevivência do status quo agonizante, ilusões nacionalistas e sofrimento desnecessário da humanidade, enquanto não for feita a melhor escolha.

Como disse o poeta: “A lição sabemos de cor. Só nos resta aprender.”

Simples assim!

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